fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Referendo à Constituição Europeia


Do Referendo
Há dois tipos de referendos: consultivo e vinculativo.
O 1.º dá indicações importantes, não obrigando, no entanto, o poder político a respeitar a vontade popular.
O 2.º, sendo vinculativo, obriga o poder político a respeitar a vontade popular.
O referendo vinculativo só é válido se a percentagem de votantes for superior a 50%, não se verificando esta condição o seu resultado, ainda assim, não sendo vinculativo, o poder político deve tê-lo em conta, sobretudo se a diferença de votos for substancial.
Em Portugal, a Constituição da República Portuguesa de 1976 (em vigor), só admite o referendo vinculativo. (em Espanha este não é vinculativo)
Desde que há Democracia em Portugal, desde o 25 de Abril de 1974 (Revolução dos Cravos), apenas se fizeram dois referendos, em 1998: sobre o Aborto e sobre a Regionalização. Nenhum dos dois foi vinculativo, visto a abstenção ter sido superior a 50%.
No primeiro caso a percentagem de votantes foi de 32%, sendo a diferença de votos, entre o SIM e o NÃO, inferior a 0,5%, tendo vencido o NÃO. Ou seja, neste caso não se pode dizer que a vontade da maioria tenha sido clara.
No segundo caso houve uma vitória clara do NÃO à Regionalização e apesar da percentagem de votos ter sido inferior à da abstenção, se bem que aqui votaram mais de 45% dos votantes, o resultado tinha de ser tido em conta.
Eu votei nos dois referendos e nos dois casos votei no SIM.
Eu que sempre defendi o aprofundamento da Democracia, penso que os referendos são a forma mais directa e democrática de todos participarem e se responsabilizarem por uma tomada de decisão.
Nos dois referendos portugueses, a maioiria dos eleitores despiram a pele de cidadãos e se tinham dúvidas ou não se sentiam esclarecidos só tinham de votar em branco ou anular o voto.
Devo referir, que pelo facto de quase todas as sondagens darem a vitória ao SIM no referendo sobre o Aborto, levou a quem se batia pelo NÃO a apelar à abstenção de forma a tornar o resultado não vinculativo se vencesse o SIM.
O Referendo à Constituição Europeia
No que respeita a este referendo, devo confessar que ainda não me sinto esclarecido sobre esta matéria, apesar de já ter oganizado duas tertúlias sobre o assunto.
É um daqueles temas em que me é difícil ser 100% a favor ou 100% contra.
A Constituição Europeia tem aspectos positivos e outros negativos, sinceramente os negativos (como a questão do directório...) parecem-me ser mais relevantes que os positivos (aprofundarei esta questão em breve).
No entanto, a minha a decisão ainda não está tomada.
Os eleitores espanhóis (que votaram no dia 20/02/05) decidiram pelo SIM, de uma forma muito clara, não esquecendo, no entanto, que a abstenção foi muito elevada.
Temos de ter em conta, também a elevada abstenção nas eleições para o Parlamento Europeu.
Aqui há responsabilidade dos eleitores e dos eleitos.
Luís Norberto Lourenço
(Organizador da Casa Comum das Tertúlias)
Ver em:
http://miarroba.com/foros/ver.php?foroid=519824&temaid=3414954
http://visaoonline.clix.pt/paginas/mensagemDetalhe.asp
http://cctertulias.blogs.sapo.pt/
http://republicalaica.blogspot.com

sábado, fevereiro 19, 2005

Breve crónica duma Moção ignorada

A Casa Comum das Tertúlias, por ocasião de seu III aniversário, celebrado em 5 de Outubro de 2005, foi alvo de uma MOÇÃO DE SAUDAÇÃO E FELICITAÇÕES que o GRUPO SOCIALISTA NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PENAMACOR apresentou na Sessão Ordinária de 29 de Setembro de 2004 da Assembleia Municipal de Penamacor e que obteve a VOTAÇÃO UNÂNIME DOS DEPUTADOS MUNICIPAIS.
O nosso trabalho a favor da Cultura foi assim reconhecido por aquele órgão (democraticamente eleito) e ao mesmo tempo o mais representativo de qualquer Concelho.
Saudações culturais,
Luís Norberto Lourenço
Penamacor, 18 de Fevereiro de 2004
P.S.
A CCT esperou até hoje que os órgãos de informação que cobriram aquela AM (asaber: Reconquista/R. Voz da Raia, R. Cova da Beira, R. Urbana e Povo da Beira) se referissem à Moção. Como alguns nada disseram sobre a dita reunião da AM a respeito deste assunto, como os que se lhe referiram destacaram parcialmente oque aí foi tratado e nem sequer nomearam os restantes assuntos, decidimos divulgar nós a Moção de que fomos alvo.
Organização
Casa Comum das Tertúlias / Luís Norberto Lourenço
Lg. D.ª Bárbara Tavares da Silva, n.º 11,
6090-509 Penamacor

Exposição de Fotografia de Jolon, Casa Comum das Tertúlias, Penamacor


Casa Comum das Tertúlias

EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA
“Apanhados”

de Jolon

de 23 de Janeiro
(inauguração, às 16h)

a 27 de Fevereiro de 2005

Sábado, das 21h às 24h
Domingo, das 15h às 19h e das 21h às 24h

na Casa Comum das Tertúlias

em Penamacor

Organizamos a nossa 116.ª iniciativa.
Jolon, nome artístico de José Lopes Nunes, desde muito cedo se apaixonou pela fotografia.
Jolon é natural de Aranhas (Penamacor), tem 61 anos, sendo um dos mais antigos correspondentes do Jornal do Fundão, colabora na revista Raia, no Boletim Municipal de Penamacor, entre outros.
Tem fotos publicadas no Correio da Manhã, num suplemento sobre Penamacor.
Participou em várias exposições fotográficas a solo e em parceria, no Concelho de Penamacor e em Castelo Branco.
Participação fotográficas em diversas obras literárias, tais como: “Cantando os Hermínios” e “Aranhas Ontem e Hoje”.
Recentemente, participou numa exposição colectiva de artistas locais, no Centro de Cultura e Animação Comunitária, em Penamacor.
É um dos autores da antologia de textos literários “Escritas de Penamacor”, editada pela Câmara Municipal de Penamacor (2004).
Ganhou vários prémios em concursos em que participou, com destaque para o 1.º Prémio de Fotografia a Cores, na Covifeira, em 1989.
A Casa Comum das Tertúlias, com sede em Penamacor, é um espaço democrático, plural, de Cidadania, de reflexão e intervenção: cultural, social e política, a semear Cultura desde 5 de Outubro de 2001, em: Castelo Branco, Cidade Rodrigo, Mangualde, Marvão, Nisa, Penamacor, Portalegre, Porto, Proença-a-Nova, Sátão, Vila Nova de Paiva, Vila Velha de Ródão, Seia…
Luís Norberto Fidalgo da Silva Trindade Lourenço
(Fundador, organizador e proprietário da CCT)
Penamacor, 3 de Janeiro de 2005
Organização
Casa Comum das Tertúlias / Luís Norberto Lourenço
Lg. D.ª Bárbara Tavares da Silva, n.º 11, 6090-509 Penamacor
Tlm. 966417233
E-mail: casa_comum_tertulias@portugalmail.pt
luis.lourenco@portugalmail.pt
http://casacomumdastertulias5out2001.planetaclix.pt
http://cctertulias.blogs.sapo.pt
http://casacomumdastertulias.blogspot.com
http://fanzinetertuliando.blogspot.com
http://republicalaica.blogspot.com
Ver em:
http://www.jornaldofundao.pt/index.asp?idEdicao=364&idSeccao=2897&Action=seccao
http://www.gazetadointerior.pt/util/agenda/index.asp?ida=239
http://urbi.ubi.pt/050110/edicao/258cult_apanhados_jolon.htm
http://www.cm-penamacor.pt/agenda_10/janeiro_1.htm
http://www.jornaldofundao.pt/index.asp?idEdicao=365&idSeccao=2915&Action=seccao
http://www.culturacentro.pt/evento.asp?id=335
http://www.kaminhos.com/evento.asp?date=02-17-2005&id=889

AS MAIORIAS ABSOLUTAS E A ALTERAÇÃO DA LEI ELEITORAL (conclusões da tertúlia)

Realizou-se a 13 de Fevereiro de 2005, pelas 15h, na Casa Comum das Tertúlias, em Penamacor, mais uma iniciativa, uma tertúlia sobre: AS MAIORIAS ABSOLUTAS E A ALTERAÇÃO DA LEI ELEITORAL.
A iniciativa contou com a presença do Dr. Jorge Fraqueiro, especialista em Ciências Políticas.
Abordou-se o tema, tendo em conta, sobretudo, os três aspectos propostos, ou seja:
1) se se deve avançar para uma alteração da lei eleitoral para "facilitar" a criação de maiorias absolutas,
2) as vantagens e as desvantagens de existir uma maioria absoluta na Assembleia da República,
3) se é indiferente ou não quem pode vir a obter essa maioria parlamentar.
Sobre a primeira questão, concordaram os presentes que uma maioria absoluta deve ser merecida (a maioria do eleitorado vota numa só força partidária) e não oferecida por lei (como acontece nalguns países, em que o partido mais votado obtem sempre a maioria absoluta dos mandatos, independentemente dos votos serem de 25%, 34% ou 51%...). Se estamos numa democracia representativa, que pelo menos se respeite esse princípio e seja de facto uma democracia representativa. Se bem que nós, somos por uma democracia representativa, com uma forte componente participativa, em que a participação cívica e política não seja estritamente sinónimo de votar.
A vantagem duma maioria absoluta é a de garantir uma estabilidade política, a qual não é no entanto um valor absoluto. Nada mais estável (politicamente) que uma ditadura e aqui ninguém defende uma regime ditatorial. Vantagens nalguma estabilidade legislativa e garantia de governabilidade.
As desvantagens são óbvias, a concentração dum poder nas mãos dum só partido podem, obviamente, ser nefastas, se bem que durante um período inferior a 5 anos. Nefasto, sobretudo pela nossa prática política, ou seja, um Grupo Parlamentar maioritário na Assembleia da República, que suporta um Governo que dele imana e que habitualmente o "serve" acriticamente.
No actual cenário político, um Governo PS ou PSD, por hipótese, não é indiferente, se o PS não tem um historial que nos preocupe do ponto de vista da garantia da Democracia, estamos perante um PSD, que num Governo, seja liderado por Durão Barroso ou Santana Lopes, descaradamente tentaram manipular e controlar os jornalistas, sobretudo o de Pedro Santana Lopes, seja através de Gomes da Silva, Morais Sarmento ou de outros, incluído o próprio Primeiro-Ministro e Paulo Portas, com a cumplicidade de todos os governantes... de Alberto João Jardim já nem vale a pena falar, basta ouvi-lo, sem mais.
Poderão os censores esperar dos censurados imparcialidade?
Não percebe Santana Lopes porque muito jornalistas esperam a sua derrota?
Não tentou ele calar, directa ou indirectamente, comentadores que não o apoiavam?
Não tentou ele controlar: jornais, rádios, televisões e revistas?
Uma Democracia ou tem liberdade de expressão ou nega-se.
A Liberdade é um dos pilares da Democracia e a liberdade de expressão é um dos princípios mais importantes.
Quem não aceita as regras da Democracia arrisca-se a ser expulso do jogo...Serão sempre, EM DEMOCRACIA, os eleitores a decidir quem querem que os represente, se não votarem não estarão representados, se não votarem e não gostarem do resultado já será tarde.
Os eleitores portugueses decidirão se entregar a maioria absoluta a um só partido é positivo ou não, depois de três governos que não cumpriram o seu mandato.

Luís Norberto Lourenço
(Organizador e fundador da Casa Comum das Tertúlias)


Organização
Casa Comum das Tertúlias / Luís Norberto Lourenço
Lg. D.ª Bárbara Tavares da Silva, n.º 11,
6090-509 Penamacor
Tlm. 966417233
E-mail: casa_comum_tertulias@portugalmail.pt
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