fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

segunda-feira, outubro 18, 2010

O historiador veste Prada

Cada vez mais é necessária a internacionalização da história, a história comparada entre os sistemas entre diversos países no mesmo período, seja qual for o período da história. Isto bata dar o meu exemplo, quando optei este ano escolher a área de espcialização em História Contemporânea. Muitos julgaram que para se fazer história contemporânea bastará ler alguns jornais, livros ou alguns decretos aprovados na Câmara dos Deputados... e quem nem sequer é necessário ler ou escrever em francês, inglês... que ideia peregrina!

Oh, dirão vocês! Então afinal para se fazer história contemporânea é preciso tudo isso? Eu pensava que até nem sequer era preciso muito trabalho!

Nos últimos dez anos surgiram em Portugal duas revistas escritas integralmente em inglês, do Centro de História Além Mar (CHAM) Bulletin of Portuguese-Japanese Studies, e Res Antiquitatis - Journal of Ancient History. Afinal para que precisamos de escrever em inglês, não estamos em Portugal?

Claro que estamos mas nos dias de hoje onde a globalização, a história também sofreu com estas pequenas alterações, irá ditar em parte as novas tendências da historiografia nacional e interncional. Imaginemos o historiador como um pequeno alfaiate que vestia as suas pequenas clientes, via as tendências através da revista Burda e copiava os modelos e ali estavam os petits e as senhoras suas mães a vestirem os melhores fatos para os dias festivos ou pura e simplesmente para a missa de domingo! Hoje em dia a moda nacional quer internacionalizar-se e o historiador deixou de ser um pequeno alfaiate, e tenência será cada vez para se integrar em Centros de Investigação Internacionais e Projectos. Cada vez mais à historiadores nacionais a escrever em inglês, a frequentar doutoramentos lá fora, a apresentar as suas investigações em congressos internacionais. Deste modo continuemos a comparação entre o historiador e o alfaiate. O alfaiate para ser conhecido lá fora terá que ter uma patente, uma marca, para que todos os anos apresente as suas colecções na Moda Lisboa, Paris, Milão, Nova Iorque. Como os estilistas querem ver os seus trabalhos fotografados na Vogue, os historiadores procuram cada vez mais as revistas de maior qualidade a nível internacional e que os publiquem em inglês. Assim as revistas de historiaografia topo de gama são na essência como a directora da edição americana da Vogue que dita a ascenção ou queda deste ou daquele estilista, todos terão que apresentar nos próximos anos artigos em inglês caso queiram receber bolsas de investigação e é claro pertencer a um atellier de alta costura nacional. Caso contrário limitam-se a ficar esquecidos numa aldeia de Portugal. Não basta só apresentar trabalho e tê-lo feito apenas para os amigos, para as suas clientes ou em casos mais extremos para que sejam usados em determinados bailes da província. Como diria a mãe de uma amiga minha para filha quando fez uma tatuagem mostrando a sua rebeldia dos sessenta "Moderniza-te filha".
Neste caso como imaginar as novas tendências primavera - verão dos centros de investigação portugueses, desde a Egiptologia portuguesa à História Contemporânea?
Apresentar-se-à uma sessão de fotos na estação arqueológia portuguesa? Ou um editorial na edição on -line da revista Estudos Medievais? Apresentará o Instituto de História Contemporânea motivos de Nuno Gama com aplicações do Estado Novo, da Falange ou lenços com as insígnias da SS Nazi? Ou haverão t-shirts com rostos dos actores portugueses da época de ouro do cinema português ? Afinal o que é isto? Ou teremos outro género de representações!Temos que nos internacionalizar, mecher-nos, apreder português e acima de tudo, conhecer os principais congressos a nível internacional, europeu e percorrer os diversos arquivos europeus e não só! O mundo está perdido diriam aquelas senhoras que nos aparecem à porta! Nós até temos muito respeito por ela , o que não temos é paciência, cultura, ou respeito pela sua própria religião. Desta forma Jesus me abana! Como diria a outra!
Para terminar esta coluna de moda  temos que desejar boa sorte à menina Clio na sua apresentação à Directora da Runway Historiográfica! A menina deverá andar numa roda viva aos caprichos da senhora directora e seguir as novas tendências da historiografia internacional! Dizem que agora a moda são estudos subalternos... com origem naquele país das vacas sagradas... Marx deve estar a bater palminhas no túmulo! Afinal o marxismo viu, chegou e venceu! Qual é afinal a tendência para a próxima estação do ano! O Mercado do Ribeira - LX játerminou, qual é o próximo desfile? Neste caso há que fazer isso, mesmo. Moderniza-te Clio! Afinal o historiador tmabém veste Prada!

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domingo, outubro 17, 2010

No lançamento do livro de Luís Norberto Lourenço


Na mesa: Manuel Lopes Marcelo, Luís Norberto Lourenço e Pedro Miguel Salvado.  

(Fotografia da autoria de Racheal)

Esta noite, na apresentação do livro...


TERTÚLIA

Apresentação do Livro
"Auto de arrolamento dos bens existentes na egreja matriz da freguesia de Penamacor, concelho do mesmo, distrito de Castello Branco, realisado no dia 6 de Julho de 1911"

apresentação, transcrição e notas por Luís Norberto Lourenço

Edição: Casa Comum das Tertúlias
Colecção: "Papéis de sexta", 2

Apresentação do livro por: 
Dr. Pedro Miguel Salvado
Dr. Manuel Lopes Marcelo

na Casa do Arco do Bispo, em Castelo Branco (PORTUGAL)
a 16 de Outubro de 2010, pelas 21h 30m

Organização: Casa Comum das Tertúlias

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sábado, outubro 09, 2010

Luís Norberto Lourenço publica documento para o estudo da República em Penamacor, editado pela Casa Comum das Tertúlias

TERTÚLIA

Apresentação do Livro

"Auto de arrolamento dos bens existentes na egreja matriz da freguesia de Penamacor, concelho do mesmo, distrito de Castello Branco, realisado no dia 6 de Julho de 1911"

apresentação, transcrição e notas

por Luís Norberto Lourenço

Edição: Casa Comum das Tertúlias

Colecção: "Papéis de sexta", 2

Apresentação do livro por: 

Dr. Pedro Miguel Salvado
Dr. Manuel Lopes Marcelo

na Casa do Arco do Bispo

em Castelo Branco (PORTUGAL)

a 16 de Outubro de 2010 (sábado)

pelas 21h 30m

Organização: Casa Comum das Tertúlias

Primeira página no documento que estudámos...

Iniciativa comemorativa do Centenário da República

e do 9.º aniversário da Casa Comum das Tertúlias

O evento...

A apresentação será feita em formato de tertúlia, como é hábito, o mais informalmente possível.
A obra...
Na sequência da "Lei da Separação", de 1911, fez-se um inventário do património religioso, este "Auto de arrolamento dos bens existentes na egreja matriz da freguesia de Penamacor, concelho do mesmo, distrito de Castello Branco, realisado no dia 6 de Julho de 1911" é um dos documentos então elaborados, deste documento agora publicado e transcrito fez-se um breve estudo, no entanto o mais importante é dá-lo a conhecer, principalmente no contexto das comemorações republicanas. 
Sobre o autor:
Luís Norberto Fidalgo da Silva Trindade Lourenço, nasceu em Castelo Branco, a 27 de Agosto de 1973, Licenciado em História: ramo científico, tem o Curso de Formação de Formadores, docente, tem colaboração em várias publicações, com artigos, nomeadamente, na revista "Raia", revista "La Tertulia" (Salamanca), "A Página da Educação", "Público", "Reconquista", "Gazeta do Interior", "Povo da Beira", "Jornal do Fundão", "Diário XXI", "Notícias da Covilhã", "O Interior", "Jornal do Centro", "Diário Regional de Viseu", diário "As Beiras"... tem dedicado o seu tempo livre, quase em exclusivo, nos últimos 9 anos, à dinamização das actividades da Casa Comum das Tertúlias, a 5 de Outubro de 2005 fundou, edita e é Director da "Tertuliando - Fanzine da Casa Comum das Tertúlias". Em Abril de 2009 lança a segunda iniciativa editorial da CCT, a colecção "Papéis da sexta".

CV breve dos apresentadores:
Manuel Lopes Marcelo, nasceu em 1949 em Aranhas (Penamacor), é Economista de formação, assina a sua poesia como Martins Marcelo. Leccionou no Ensino Secundário e foi Professor Adjunto Convidado do IPCB, poeta, autor de vários livros de poesia, peças de teatro e na área das finanças. Foi Director Regional do IFADAP na Beira Interior. Foi vereador da C. M. C. Branco, deputado da A. M. Castelo Branco e Presidente da Assembleia Municipal de Penamacor, eleiton pelo PS. Colabora com a Casa Comum das Tertúlias desde o início. Escreveu: Estudo Económico e Social do Distrito de CasteloBranco (1976); O Distrito de Castelo Branco na perspectiva do desenvolvimentoregional e reforço do Poder Local (1981); O Distrito de Castelo Branco -Análise das Finanças Locais (1989); Beira Interior - Uma região viável (1983); Beira Baixa - A memória e o olhar (1993); Moinhos da Baságueda: Comunidadesrurais. Saberes e afectos (1999); coord. Aranhas: Ontem e Hoje (1986); coord.1º Centenário do Clube de Castelo Branco: Castelo Branco: Dois Séculos deHistória (2004); coord. Cadernos Temáticos "A nossa terra e a nossa gente", I: O Ciclo da Pecuária (2002); coord. Beira Baixa, que futuro? - Reflexão estratégica com enfoque territorial empresarial (2004); Viagem de um pescador,uma gaivota mãe e duas gaivotas filhas (1982), Unidos como uma árvore (1983),Criminoso ou vítima (1983), O Último Príncipe (1983), participou na colectânea Vozes Novas na Praça Velha (1985), Marés de Emoção (1989), Manifesto contra amorte dos poetas (1991) e participou na colectânea Escritas de Penamacor: Antologia de textos literários (2004). Fundou a Galeria Rural Arte, um grupo de teatro amador e está ligado à fundação do Grupo de Teatro "Váatão", de Castelo Branco. Membro dos órgãos sociais de: Clube de Castelo Branco, Sport Benfica e Castelo Branco, Gr. de Teatro Váatão (C. Branco), Liga dos Amigos das Aranhas, Sociedade dos Amigos do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior (C. Branco), Núcleo de Castelo Branco da Associação 25 de Abril e muitas mais. Sócio de inúmeras colectividades. Entre outras publicações, é colunista habitual do jornal semanário "Gazeta do Inteiror" de Castelo Branco e do "Notícias da Covilhã".

Pedro Miguel Salvado, Licenciado História de Arte, Mestre em Museologia, Investigador, foi Professor do Ensino Secundário, no ISMAG e na ESART do IPCB, autor de vários livros: "Elementos para a cronologia e para a bibliografia de Idanha-a- Velha (1988)", publicou com Maria Adelaide Salvado, "Rei Wamba: espaço e memória" (1995), colabora na revista "Estudos de Castelo Branco", na "Revista Portuguesa de Arqueologia", nos "Cadernos de Cultura de Hist. Medicina da B. Interior da Pré-história ao Séc. XXI", na revista "Solstício", publicou na revista "Raia", desde muito cedo ligado a organização de vários eventos culturais, coordenou "Palavras partindo-se: colectânea de poesia sobre Castelo Branco", antologiador, coordenou com Juan Gonper "Vento – Sombra de Vozes / Viento – Sombra de Vocês" (2004), com Alfredo Pérez Alencart "Os rumos do vento/Los rumbos del viento" (2005) e "Palavras de vento e de pedra" (2006). É tertuliano da Casa Comum das Tertúlias.

Mais:
http://culturavibra.org/pluridisciplinar/?id=107&page=1  
Resumo das nossas iniciativas:
http://casacomumdastertulias.blogspot.com/2010/10/nove-anos-de-casa-comum-das-tertulias.html
 
Sobre a Casa Comum das Tertúlias:
http://fanzinetertuliando.blogspot.com  
http://casacomumdastertulias.blogspot.com  
http://republicalaica.blogspot.com  
http://casacomumdastertulias5out2001.planetaclix.pt  

Mais dois projectos da CCT:
http://sirgocadernodeletraseartes1.blogspot.com  
http://folhas-de-poesia.blogspot.com  
Mais:
http://www.facebook.com/people/Luis-Norberto-Lourenco/100000090744871  
http://twitter.com/luisnlourenco  

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terça-feira, outubro 05, 2010

Encontro de poetas ibero-americanos em Espanha homenageia português António Salvado

Portugal é o país em destaque

Encontro de poetas ibero-americanos em Espanha homenageia português António Salvado 

Este encuentro, que permitirá que la ciudad de Salamanca reconozca la calidad poética del país de Camoes y Pessoa, se celebrará los días 8 y 9 de octubre Como es tradición en el Encuentro de Poetas Iberoamericanos el homenajeado estará acompañado por otros catorce poetas.El concejal de Cultura, Julio López, y el coordinador del encuentro, Alfredo Pérez Alencart, han presentado esta actividad cultural.   Retirado daqui.


O Encontro de Poetas Ibero-americanos, que se realiza anualmente na cidade espanhola de Salamanca, terá este ano Portugal e o poeta António Salvado como protagonistas.
A Câmara de Salamanca (Ayuntamiento) vai homenagear o poeta natural de Castelo Branco e, desta feita, Portugal num evento onde Salvado acompanhará outros 14 poetas que são tradicionalmente convidados a deslocar-se a Salamanca.
O encontro anual que se realizará nos dias 8 e 9 de Outubro permitirá a Salamanca “reconhecer a qualidade poética do país de Camões e Pessoa”, segundo o anúncio feito no portal oficial da Câmara da cidade. 
Segundo o seu coordenador, o poeta hispano-peruano Alfredo Pérez Alencart, o encontro “terá efeitos duradouros no coração do povo lusitano, porque Salamanca continua a ser altamente valorizada em Coimbra, Porto, Lisboa e demais enclaves culturais portugueses”. 
Alfredo Pérez Alencart, professor da Universidade de Salamanca, está a concluir a tradução de uma ampla antologia bilingue (português e espanhol) da obra de Salvado, sob o título “A Hora Sagrada”, que incluirá ainda versos de alguns dos poetas convidados para o encontro do próximo mês de Outubro e obras do pintor salmantino Miguel Elías. 
O Encontro de Poetas Ibero-americanos, que conta com a colaboração da Fundação Caminho da Língua Castelhana, homenageou, em edições anteriores, países como o México, Brasil, Cuba e Chile, entre outros. 
Nesta XIII edição participarão, entre outros autores espanhóis, o último Prémio Nacional de Poesia, Juan Carlos Mestre, bem como os poetas latino-americanos Isel Rivero (Cuba), Ernesto Román Orozco (Venezuela), Boris Rozas (Argentina), Marcelo Gatica (Chile) e os colombianos Harold Alvarado Tenorio, Juan Carlos Galeano y Rómulo Bustos Aguirre. 
A língua portuguesa, para além de António Salvado, estará ainda representada pelo brasileiro Carlos Nejar e pelo português António Osório, que encerrará o encontro com uma leitura. 
António Forte Salvado, referido como um “claro humanista”, desempenha actividades variadas, que vão desde a direcção de museus e revistas, a tradutor e ensaísta de temas etnológicos e é licenciado em filologia românica pela Universidade de Lisboa. Nos seus 55 anos de vida literária publicou 56 livros de poesia, para além de diversas antologias da sua obra, traduzida em francês, espanhol e japonês.

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segunda-feira, outubro 04, 2010

Arquitrave, una revista de poesía independiente*


Harold Alvarado Tenorio
Fotografia retirada daqui.

Arquitrave [n.º 48 aqui], la revista de poesía colombiana, impresa y virtual, es una publicación independiente que surgió de la necesidad de crear y mantener un vehículo de difusión del género, libre de los contubernios propios de las dependencias ideológicas, de gusto y economía, en un país como Colombia, tan pobre culturalmente como rico en manipulaciones y servilismos.
Colombia no tiene tradiciones en revistas dedicadas en exclusivo a la poesía. En el siglo pasado apenas se crearon un par de ellas, de las cuales Acuarimántima fue la más notable, creada y salvaguardada por José Manuel Arango y Elkin Restrepo en Medellín, una ciudad afectada por la violencia del narcotráfico y donde se realiza cada año un Festival de Poesía dedicado a la promoción de la violencia guerrillera, convirtiendo la poesía en el peor enemigo del hombre y pábulo de la empresa familiar de su propietario. Pero si otras han permanecido en circulación deben su existencia al servicio que prestan a instituciones vinculadas con el poder local o de turno o a la difusión y promoción de la obra de sus apoderados. Ello ha sucedido, por ejemplo, con la más antigua de todas, Golpe de Dados, con más de cuarenta años de vida, en incansable intercambio de influencias de sus secretarios de redacción y/o la aclamación consuetudinaria de su propietario.
Hecha en honor y memoria de Jaime Gil de Biedma y su poema “El arquitrabe”, Arquitrave nació en Cali a mediados del año 2002, durante una larga convalecencia de su director, luego de una severa intervención quirúrgica que le mantiene vivo. La revista cuenta con un comité de patrocinadores en el que figuran, entre otros, Alberto da Costa e Silva, Antonio Caballero, José Prats Sariol, Daniel Balderston, Luis Antonio de Villena, Antonio José Ponte, Raúl Rivero, Elkin Restrepo, D. de J. Cordero o Cristina Peri Rossi. 
Desde su fundación se publica gracias a la ayuda desinteresada de un grupo de amigos que desde diferentes países apoyan a su director con donaciones que le han permitido sortear las severas dificultades que publicaciones como ésta sufren en naciones del tercer mundo. También cuenta con un pequeño pero permanente grupo de suscriptores dentro y fuera de Colombia.
Pero, hay que decirlo, tanto la industria privada como las instituciones estatales que financian publicaciones culturales han bloqueado sistemáticamente toda posibilidad de que Arquitrave reciba apoyos de dinero público o privado, acusándole de crear estados conflictivos entre la inteligencia nacional mediante las varias opiniones adversas que su director o sus colaboradores esporádicos ofrecen en la versión virtual. Arquitrave es considerada, por los detentadores del dinero oficial y los agentes culturales y gerentes de editoriales y espectáculos culturales, un enemigo notorio.
Arquitrave se publica seis veces al año y dedica su sección principal a un poeta vivo o muerto, habitualmente con un artículo de fondo sobre su obra y una entrevista y la publicación de algunos de sus textos preferentemente inéditos. Editada en papel de manera artesanal, diez son los poetas que incluye en cada número.
Arquitrave tiene una edición permanente en la Internet, que agrega a la poesía artículos y noticias sobre la cultura, de firmas de todo el mundo y sobre temas globales. Pero dedica buen espacio a la crítica de eventos que hoy confunden al respetable y le apartan de la virtuosa senda de hacer de la cultura un instrumento para la vida en sociedad y el disfrute del arte. 
Publicar una revista de esta índole en una nación tan conflictiva como Colombia más que una aventura es una proeza y un riesgo vital permanente. En la Colombia que surgió del Frente Nacional de los partidos tradicionales, quien no esté al servicio de los intereses de esos partidos o quien se oponga a ellos no tiene derecho a existir. Culturalmente Colombia sigue siendo una nación medieval, constituida por gildas ideológicas, pero principalmente por desfalcadores del erario publico. En tiempos revueltos como el presente, además, la cultura se ha tornado meramente espectáculo, y la guerra civil no declarada que viven los colombianos, es la olla podrida de donde sale toda justificación y todo el dinero para la celebración del jolgorio cultural, donde sea invitada o donde se requiera otra expoliación de los dineros del contribuyente. Sin embargo, en la actualidad Arquitrave tiene mas de veinte mil lectores virtuales diarios y unos trescientos de la revista impresa y goza de relativo prestigio entre los aficionados al género merced, quizás, a su inquebrantable búsqueda de la calidad en los textos, de una relativa originalidad en ellos y al combate entre el carnaval y la cuaresma de las vanidades humanas. Arquitrave y su director tratan de que cada salida al aire y a la calle sea una novedad y no un trámite de influencias o pago de favores solicitados a cambio de promociones que a nada conducen, más que al fracaso de las publicaciones y el ridículo de los solicitantes.
Arquitrave ha realizado homenajes a poetas como Gastón Baquero, Konstandinos Kavafis, Luis Cernuda, Bai Juyi, Hans Magnus Enzensberger, Antonio Gamoneda, Karin Boye, José Emilio Pacheco, Iosip Brosky, Hanni Ossot, Salvador Novo, Amílcar Osorio, Miyó Vestrini, J.G. Cobo Borda, Bei Dao, Jorge Zalamea, Ary Dos Santos, Pier Paolo Pasolini, Antonio José Ponte, Jaime Jaramillo Escobar o Nuno Judice, y prepara números para celebrar a José Manuel Caballero Bonald, Ángel González y la poesía argentina y dominicana. 
Arquitrave ha difundido más de un centenar de nuevos y viejos poetas de todos los continentes con poemas inéditos y traducciones exclusivas. 
Algunos de los autores publicados en la Editorial Arquitrave incluyen selecciones de las obras de Affonso Romano de Santt’Ana, Bob Dylan, Carlos Drummond de Andrade, Charles Baudelaire, Du Fu, Elkin Restrepo, Ferreira Gullar, Jack Kerouac, Manuel Bandeira, Rowena Hill, Raúl Rivero o TS Eliot. 
Como prueba de la existencia de Dios y la veracidad de esta nota, puedo afirmar, sin pudor y sin vergüenza, que por opiniones como las aquí expresadas el director de Arquitrave ha sido excluido de todas las muestras de poesía colombiana confeccionadas en los últimos treinta años. En Colombia, si aún se debe la vida por tener la lengua larga, se le acorta la gloria al atrevido. Para muestra, un botón. Si no, que le pregunten a Chus Visor.
Harold Alvarado Tenorio virá a Castelo Branco, brevemente.
Aqui se dará notícia a este respeito.

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